Com a ajuda do Conselho Mundial do Ouro (World Gold Council), procuramos mostrar o mapa temporal da oferta (dividida por produção) e pela procura (dividida por setor e país), com alguns insights sobre as diferentes camadas deste mercado, desde o setor da joalharia aos ETF, passando ainda pelas reservas de ouro dos bancos centrais.
A utilização do ouro como matéria-prima de eleição, em joias, tecnologia ou até mesmo por bancos centrais e investidores, mostra uma diversidade na procura por este metal precioso, e sustenta as suas qualidades também como um ativo de investimento.
Se no ano transato, a média de produção de ouro foi uma constante, o mesmo não se pode referir sobre o seu preço, com uma descida de mais de 100 dólares no terceiro trimestre de 2022 (1728,90$), valor que caiu ainda no último trimestre do ano passado (1725,90$).
Na última década assistimos a uma baixa variação no que diz respeito à utilização de ouro no fabrico de joalharia. Os valores de produção têm estado acima das duas mil toneladas, à exceção de 2020, em que esse valor desceu para cerca de 1.400 toneladas. Em 2022, os valores de produção pouco oscilaram, com o “consumo” de ouro a rondar as 455 toneladas no primeiro semestre, sendo que esse valor aumentou para as 525 toneladas no terceiro trimestre e 628 no quarto trimestre, coincidindo com uma queda no valor de transação do ouro por onça (em dólares).
Os anos de 2016 e 2020 foram marcados pelos resultados negativos no stock de joalharia. 2016 registou um valor negativo de 86 toneladas e, em 2020, 74 toneladas. 2020 pode ser explicado pela queda na produção decorrente da pandemia que afetou o mundo e consequente quebra na produção e distribuição. 2022 registou saldos positivos, à exceção do último trimestre do ano, com um défice de 26 toneladas.
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