“Estamos tristes por anunciar o falecimento do nosso querido Daniel, um grande pai, marido, filho, irmão e amigo. Lembrar-nos-emos sempre dele como um amante da humanidade e um contador de histórias”. 

Sinceramente, a família Dreifuss: Claudia, Massimo, Leonard e Masha.

Fundador da Maurice De Mauriac, Daniel Dreifuss faleceu a 25 de agosto, aos 63 anos, após uma batalha de dois anos contra o cancro. A casa suíça conta que cada “uma das aventuras na vida de Daniel revelou uma história emocionante”.

Que comprimento deverá ter um obituário de Daniel Dreifuss?

Se fosse para que ele o leia, não mais do que uma frase, então. Porque mais do que isso seria impossível captar a sua atenção, de qualquer maneira. Incrível para um homem que não apenas parece ter inventado o storytelling, mas também ganhava a vida com isso.

A morte de Daniel, na noite de 24 de agosto, marcou para sempre a sua última história. Mas não se engane, este não será o fim dos seus contos. A história de Daniel e as suas histórias resistirão ao passar do tempo, isso é certo. Quem se consegue comparar a Daniel, que testou ele próprio os seus primeiros relógios, tentando vendê-los num comboio de Zurique para Berna.

E que conseguiu vendê-los, a perfeitos desconhecidos! Não foi apenas a qualidade dos seus relógios que tornou isso possível. Daniel era um vendedor apaixonado. Um vendedor motivado pelo coração e pelo instinto. Ele conseguia vender uma peça sem a pessoa se aperceber. O seu comprador de repente via-se na posse de um relógio – e adorava.

Ele construiu o trabalho de sua vida ao longo de vários anos, para que seus filhos pudessem assumi-lo um dia. Aquele Dia D foi há cerca de dois anos. Isso também se tornou uma história, a história da mudança geracional, Daniel contou à sua maneira. Radical, intenso, inimitável. E também é uma história de sucesso. Massimo, Leo e Masha fizeram de Maurice de Mauriac a sua história e provaram ser talentosos e determinados para levar a marca ao longo do próximo capítulo. O trabalho da vida de Daniel está crescendo.

Especialmente numa época em que a vida parecia de repente tão finita.