Num evento alusivo ao Oktoberfest, com o intuito de celebrar as suas origens, a Junghans apresentou os seus mais recentes relógios na Joalharia Ferreira Marques, em Lisboa. Antes da degustação das cervejas, falámos com o CEO da empresa, Hannes Steim, para conhecer a história e a essência da conceituada marca alemã, presente em mais de 40 países.
O que mudou com a sua chegada?
Decidiu industrializar o negócio de relojoaria e foi isso que fizeram. Começaram a construir as suas próprias prensas, tornos, coisas assim. E, em 1903, a Junghans já era a maior empresa de relógios do mundo, construindo 9.000 relógios por dia com 3.000 funcionários. Esse foi um grande passo para a empresa, tal como começar a produzir gatilhos para bombas na Segunda Guerra Mundial. Era praticamente um movimento mecânico naquela época. Depois dessa fase, voltaram ao negócio de relógios.
Um dos marcos da Junghans foi a sua presença nos Jogos Olímpicos de Munique em 1971…
Na década de 70 eles também tiveram a sua própria equipa de medição de tempo desportivo com 70 funcionários, durante a participação nos Jogos Olímpicos de Munique. Fomos um dos primeiros lá. Mais tarde usaram os mesmos para provas de esqui, atletismo e Fórmula 1 na Europa. Naquela época deu-se a passagem dos movimentos mecânicos para os movimentos de quartzo por causa da crise do quartzo. Muitos mudaram para o movimento de quartzo e a Junghans foi um dos primeiros a produzir o seu próprio movimento de quartzo. Mais tarde lançaram o movimento solar de quartzo. Assim também a energia solar foi impulsionada muito cedo pela empresa. Em 1990, deram o grande salto para o controlo de rádio, o relógio de pulso muito preciso. Fomos os primeiros a produzir um relógio controlado por rádio no mundo. E isso foi um grande marco para a empresa.
E quando assumiu a Junghans juntamente com o seu pai?
Quando o dono da empresa morreu em 2008, de repente, com 60 e poucos anos. Ninguém sabia como administrar aquela empresa e, nesse seguimento, as primeiras empresas tiveram que declarar falência porque não tinham mais dinheiro. Em fevereiro de 2009, eu e o meu pai assumimos a Junghans.
Entrevista completa na JoiaPro LUXURY WATCHES 10.